Um estudo feito pelo Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda de 2019, mostrou que existem 10,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva no Brasil, mas somente 15% tiveram o ensino médio concluído, devido à falta de acolhimento e inclusão nas salas de aula. Ao notar esse déficit na acessibilidade durante seu estágio como professor, Bruno Iles, se juntou com Taiane Maria de Oliveira para criar o primeiro Manual de LIBRAS para Ciências: A Célula e o Corpo Humano.
Formado em Biologia pela Universidade Federal do Piauí, enquanto estagiava em uma escola pública, Bruno viu que os dois intérpretes de LIBRAS não eram suficientes para todas as salas que tinham alunos surdos, não era sempre que eles permaneciam para traduzir a aula completa.
Embora Bruno não fosse fluente em LIBRAS, ao final da aula dava total atenção para o aluno com deficiência auditiva, perguntando se ele tinha compreendido ou ficado com alguma dúvida. Mas um incômodo começou a crescer dentro do professor, não havia sinais para nomenclaturas específicas da ciência, dificultando a explicação e o entendimento do aluno. Foi em um projeto da faculdade para a disciplina de LIBRAS que Bruno se uniu a Taiane Maria de Oliveira, também estudante de biologia na época, para fazerem o primeiro Manual de LIBRAS para Ciências.
“A importância de ter esse tipo de material disponível é porque não existia algo assim voltado para o conteúdo de ensino fundamental. Ele vai trazer uma educação mais acessível para os alunos e ajudar os professores dentro da sala de aula”, afirma Bruno Iles. CONTINUE LENDO